quinta-feira, 22 de setembro de 2011

LIBERDADE DE EXPRESSÃO


EU SOU DEMOCRATA?
De tempos em tempos, especialmente quando a imprensa começa a incomodar os detentores do poder, surgem tentativas de criar controles. E toda vez essas propostas aparecem embaladas como uma atitude nobre para tornar o mundo um lugar melhor, mas no fundo, trata-se sempre de censura.
A única forma válida de censura de ideias é o direito que as pessoas têm de não dar a menor bola pra elas...
A maioria das pessoas que conheço sempre defendeu a democracia. Pelo menos em público. É certo que muitos, quando recolhidos à sua intimidade, clamam por mais uns cassetetes na praça para botar ordem no país, mas raramente tem coragem de defender isso abertamente.
A liberdade para poder dizer “não” é o que verdadeiramente define uma democracia. Tente dizer “não” para Fidel Castro, Ahmadinejad, Mao, Stalin, Adolf Hitler e outros... Percebeu? Hitler subiu ao poder e sustentou-se por vontade da maioria, mas pode-se dizer que aquela Alemanha era uma democracia?
Então, deixando claro: o que distingue uma democracia de uma ditadura é a liberdade dos que discordam dela poderem dizer “não”. 
Agora note bem: a liberdade de poder dar sua opinião independe do conteúdo de sua opinião. Numa democracia você pode dizer o que quiser, mas se você decidir defender, por exemplo, uma tese comprovadamente racista, transformando sua opinião numa ofensa ou discriminação, terá que se ver com a lei. Sacou? Liberdade para dizer o que quiser desde que assuma as consequências.
Resumo: o que define uma democracia é sua liberdade de dizer o que você quiser, quando quiser e como quiser. Mas essa liberdade não deve dar a ninguém a impunidade para agir contra e lei, contra a moral, contra aquilo que chamamos de “bons costumes”.
Aceitar que alguém exponha uma opinião contrária à sua, por mais absurda que você julgue a opinião, é regra da democracia. Quando você não aceita que pessoa exponha a opinião, você não é um democrata. Entenda bem, não é que você deva CONCORDAR com a opinião e sim ACEITAR que ela possa ser exposta. Conviver com quem pensa diferente é o grande teste para um democrata, mas isso é difícil, sabe?
A gente se irrita e rapidamente começa a arquitetar formas de se livrar do pentelho que nos “enche o saco”. E esse conceito de “se livrar” é muito abrangente... Vai de um fingir que concorda só para ele parar de “encher o saco” até um “deletar”, que pode ser virtual ou real...
Só que partir para exterminar o adversário não pode ser feito assim, na cara dura. Isso é contra a democracia, contra a liberdade. E dizer-se contra elas é feio, não é? É então que começam a surgir os truques...
Um dos truques é usar conceitos da democracia para atacar a própria democracia. Conceitos que “desligam o disjuntor”, sabe? Por exemplo “direitos humanos” “ambiente escolar”. Quem pode dizer que é contra os direitos humanos? E contra a educação?
Pois é aí que vem o perigo... Quem será o juiz? Quem vai definir o que caracteriza esse desrespeito aos direitos humanos? E ao ambiente escolar? O mesmo juiz ou autoridade que define que invadir propriedade privada não é crime? Que trata caixa dois como recursos não contabilizados? Que diz que “classe média” é quem ganha mais de mil e seiscentos reais por mês?Aquele que faz parte da panela? Percebeu a armadilha? Você vai, na maior das boas intenções, entusiasticamente defender os direitos humanos,o ambiente escolar, a biodiversidade, o direito dos carentes, dos desvalidos, dos... E assim cai na armadilha da censura. Quando perceber, terá sido tarde demais...E só transmitirá o que “eles” querem...Sacou?
Avalie-se!!Você é um democrata?? "Se começarmos a cercar com paredes aquilo que alguns de nós julgamos como sendo obsceno, errado, grotesco ou que “roupa suja se lava em casa” acordaremos um dia e perceberemos que surgiram paredes em lugares que jamais esperaríamos que surgissem. E aí não poderemos ver ou fazer nada. E isto não é liberdade."

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